Exactamente um ano depois do dia infernal
No dia 13 de Agosto de 2010, exactamente há um ano, o lume numa correria louca arrasou quase toda a vida na cordilheira central da Ilha da Madeira.
Urzes centenárias, sorveiras raríssimas, uveiras carregadinhas de frutos, tudo ficou calcinado. Os pássaros calaram-se, as borboletas deixaram de esvoaçar. O silêncio era sepulcral!
Em poucas horas a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal perdeu mais de 90 % das plantações no Pico do Areeiro e no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha.
Em poucas horas quase dez anos trabalho transformaram-se em esqueletos calcinados e cinzas.
A dor foi enorme. Poucos conseguiram reprimir as lágrimas. O desalento invadiu muitos corações.
Mas ainda o solo fumegava e já um grupo de voluntários estava no terreno a trabalhar para que a biodiversidade renascesse das cinzas. Sábado após sábado, com chuva ou sol, com brisa fresca ou vento forte, demos as mãos às sobreviventes e colocámos cuidadosamente milhares de plantinhas na terra enegrecida.
Hoje, exactamente um ano depois do dia infernal, estivemos a trabalhar no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha. Muito há a fazer para que a paisagem recupere a beleza perdida, mas os primeiros sinais vitais são animadores.
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