16 agosto 2010

“Madeira em chamas” de Marco Livramento

Entre o muito que já se disse e se escreveu a propósito dos incêndios florestais na Madeira, merece destaque o que Marco Livramento escreveu no seu blogLugares Madeira”.

Recomendamos a sua leitura.

1 Comentário(s):

Anonymous Caminheiro escreveu...

Antes de qualquer palavra, quero demonstrar ao Dr. Raimundo Quintal e a todos os verdadeiros Amigos do Parque Ecológico do Funchal os meus sentidos pêsames. Digo pêsames, pois acredito que, neste momento sintam que perderam alguém querido e passam por um grande infortúnio que, de resto, nos toca a todos. Eu, pelo menos, sinto que perdi vários amigos, vários familiares – as plantas que comigo têm convivido ao longo de todos estes anos.
Vejo muita solidariedade e muito entusiasmo na reflorestação, isso é positivo e de louvar, mas como dizia o Dr. Raimundo Quintal no programa da Antena 1, não basta haver árvores, não basta plantá-las, é preciso cuidá-las. E essa talvez seja a parte mais difícil.
É triste olharmos a vermos o negro que nos rodeia. Ainda assim, há que ter esperança que as sementes que já caíram à terra não tenham sido afectadas pelas chamas. Temos de acreditar que, dentro em breve, algum verde voltará a pintar a cordilheira central da Ilha e o Parque Ecológico do Funchal. Contudo, esperemos que haja um controlo mais sério das espécies infestantes como a giesta e a carqueja, facilmente inflamáveis e que potenciaram bastante este incêndio. Os eucaliptos e as acácias também são merecedores de atenção redobrada.
Era bom que quem tem poder de decisão não sentisse qualquer melindre em aceitar ajuda de pessoas “menos entendidas” como nós, por exemplo, na limpeza de certas áreas. Lembro-me de há bem pouco tempo termos oferecido ajuda para uma acção de limpeza da giesta na zona do Pico Furão - Portais (ainda não sei bem se esta área foi afectada), nas serras do Curral das Freiras. A ajuda caiu em saco roto. O mesmo aconteceu nas serras de São Roque e Santo António. Talvez seja necessário mudarmos a nossa mentalidade e a forma como encararmos o mundo que nos rodeia.
Estou em crer que de nada adianta arranjarmos podes expiatórios (ainda que os criminosos tenham de ser punidos). Seja ou não fogo se origem criminosa, a verdade é que as proporções que o mesmo tomou talvez pudessem ter sido evitadas se a Região tivesse uma política de prevenção mais séria. Qualquer cidadão mais atento se apercebe de que a estratégia seguida não tem sido adequada. Falta eficácia. Não somos eficientes.
Não basta ter meios, não basta ter homens, embora seja certo que são fundamentais. É preciso ter consciência, é preciso conhecer. Pergunto: quantos dos nossos homens ligados à protecção civil, bombeiros, governantes e afins (sem distinção de cargos ou agremiações) conhecem realmente a nossa terra? Nesta situação em particular, quantos conhecem realmente a(s) nossa(s) floresta(s)? Embora eu não seja entendido nestas coisas, sei que há diferenças. E são essas diferenças que pesam (ou deviam pesar) no momento de tomar decisões.
Talvez a política da “aposta no combate” não seja a mais adequada. Acho que é chegado ao momento de todos aqueles que têm voto decisivo reflectirem sobre o que se fez e quais os resultados obtidos. Só assim acredito que se consiga projectar um futuro melhor (para os nossos netos).
Dr. Raimundo Quintal, aqui fica expressa a minha disponibilidade e de um grupo de amigos para convosco colaborar, inclusive na reconstrução do vosso Centro de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha.

ML

P.S.:Agradeço a indicação de leitura.

18 agosto, 2010 10:25  

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