30 outubro 2011

Actividade de plantação no Campo de Educação Ambiental


in Telejornal Madeira (RTP-M) de 30 de Outubro de 2011

Voluntários plantaram 500 loureiros

Foto 01-29.10.11

Cerca de três dezenas de voluntários da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal plantaram neste sábado (29 de Outubro de 2011) cerca de 500 loureiros (Laurus novocanariensis) e quase uma centena de plantas de outras quatro espécies endémicas da Madeira: Pau-branco (Picconia excelsa), Folhado (Clethra arborea), Piorno (Teline maderensis) e Urze-das-vassouras (Erica platycodon subsp. maderincola). Foram também lançadas à terra sementes de Massaroco (Echium candicans) e Cabreira (Phyllis nobla).

Nesta jornada de trabalho contámos com a colaboração dum amigo francês e de um casal de sócios alemães. Enquanto a maioria dos madeirenses jamais participou na plantação duma árvore nas montanhas escalvadas, estes três turistas, que já visitaram várias vezes a Madeira, costumam dedicar dias das suas férias à nobre tarefa de recuperação da biodiversidade.

Estes e outros amigos estrangeiros participaram activamente no projecto OÁSIS NUM DESERTO DE MONTANHA, que foi quase totalmente arrasado pelo incêndio de Agosto de 2010, e agora estão ajudar-nos no projecto RENASCER DAS CINZAS, que tem por objectivo acelerar o regresso da flora e da fauna indígenas às terras do maciço montanhoso do Pico do Areeiro.

Foto 02-29.10.11
Foto 03-29.10.11
Foto 04-29.10.11
Foto 05-29.10.11
Foto 06-29.10.11
Foto 07-29.10.11
Foto 08-29.10.11
Foto 09-29.10.11
Foto 10-29.10.11
Foto 11-29.10.11
Foto 12-29.10.11
Foto 13-29.10.11
Foto 14-29.10.11

Texto e fotos de Raimundo Quintal

16 outubro 2011

Outubro mês de contrastes

317260_274390852594493_100000707427992_923939_1620744914_n
Há quase duas décadas, conversando com uma senhora idosa no Arco da Calheta aprendi um ditado revelador da enorme sabedoria popular: - “Em Outubro rebentam as pontes ou secam as fontes”.

De facto, nos últimos dois séculos, Outubro é o mês com maior probabilidade de ocorrerem chuvas violentas e consequentemente cheias catastróficas, que derrubaram muitas pontes e provocaram um elevado número de mortos.

317163_274390945927817_100000707427992_923940_1105319043_n
Mas não raro, por Outubro prolonga-se o calor e a secura do Verão, deixando as nascentes secas e minguando o caudal das levadas.

O ditado popular, que aprendi já lá vão vinte anos, é o registo dos humores extremos da atmosfera, de momentos que deixaram marcas negativas na vida das populações.

306423_274390975927814_100000707427992_923942_1271519859_n
Habitualmente as condições meteorológicas na Madeira são mais moderadas em Outubro. As primeiras chuvas a enriquecem os solos agrícolas e criam condições favoráveis para as terras da cordilheira central receberem as plantas, que tanto necessitam para recuperar a sua biodiversidade e beleza paisagística.

310785_274391002594478_100000707427992_923943_1902902190_n
Para ontem estava programada a primeira plantação da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal nas terras altas do Pico do Areeiro. Mas, como este é um daqueles Outubros em que secam as fontes, humildemente tivemos de respeitar os desígnios da Natureza e adiar a plantação.

294884_274391032594475_100000707427992_923944_113698928_n
Os 35 voluntários que compareceram no Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha não deram o seu tempo por perdido. Com extraordinário empenho prosseguiram o duro trabalho de limpeza da vegetação queimada e preparação do terreno para a próxima plantação, que deverá ocorrer a 29 de Outubro se, entretanto, a chuva fizer o favor de humidificar o solo.

317210_274391062594472_100000707427992_923945_94094309_n
Texto e fotos de Raimundo Quintal

08 outubro 2011

Teleférico do Rabaçal - vale a pena lutar

20060211-vs-8080

Foi finalmente proferida sentença na acção conjunta que a Quercus e a nossa Associação instauraram em 2008 contra a construção do Teleférico do Rabaçal.

Assim, foi declarada a extinção da instância por inutilidade superveniente da lide, uma vez que se verifica a caducidade da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) emitida pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais.

Verificada a caducidade da DIA a mesma deixa de ter qualquer efeito, pelo que fica afastada a possibilidade de construção do Teleférico do Rabaçal, o que era o nosso objetivo.

Vale a pena lutar. Continuaremos atentos na defesa intransigente do património natural da Região Autónoma da Madeira.